LEWIS HAMILTON NO PAÍS DE AYRTON SENNA


Após 21 anos de ausência, hoje resolvi assistir a uma corrida de Fórmula 1. O motivo? O Lewis Hamilton ia homenagear o meu querido piloto Ayrton Senna. Ele plotou o seu capacete  nas cores e com a sigla do Senna, usou um boné amarelo e verde e até os seus óculos eram muito parecidos com os que  Senna usava nos anos de 1990. Para coroar a homenagem do piloto inglês a Viviane levou a exposição sobre o tricampeão brasileiro para Interlagos. A familia Senna deu de presente para o Hamilton um troféu com a imagem do Ayrton, ele nem acreditou e jurou que será seu troféu mais importante.
Mesmo estando muito distante das corridas, já havia observado o Lewis Hamilton algumas vezes, naqueles traillers que passam sobre as corridas, e percebi nele algo parecido com o meu piloto, o Senna, até externei para os meus familiares e amigos mais próximos, o quanto o Hamilton me lembrava o Senna, por simpatia comecei a torcer por ele, mesmo sem ver as corridas. Um belo dia, ele revelou aqui no Brasil ser fã ardoroso do Ayrton Senna e que entrou para o mundo das corridas automobilísticas por causa dele. Naquele momento entendi o quanto estava certa nas minhas observações, mesmo assim, continuei sem ver corridas.
Apesar de todo desencanto pelos GP’s hoje era um outro dia, tudo a respeito do Senna me interessa. E o GP de Interlagos começou com o  Hamilton no segundo lugar da fila, porém tricampeão de Fórmula 1 de 2015 por antecipação desde 25 de outubro. Se a vitória chegasse para ele, ótimo, afinal estava homenageando o maior piloto brasileiro de todos os tempos, mas se não, tudo bem, ele estava garantindo seus 18 pontos sem nenhuma mudança no status.
Durante a corrida os pilotos brasileiros, os Felipes Massa e Nasr como sempre estiveram bem atrás, o Nasr sem chance por conta de sua escuderia que é muito fraquinha e o Massa, esse está numa boa equipe a  Williams, mas eu nem vou pensar em dizer o que acontece, apenas que ele ainda foi desclassificado por encontrarem uma pequena irregularidade na temperatura e pressão de um de seus pneus. Falta de sorte do rapaz. Incidentes à parte, para o Galvão Bueno eles são pilotos extraordinários, dizia o locutor cheio de amor que os Felipes estavam muito bem na corrida. Acho que ele quis dizer, bem longe de qualquer coisa, porque esses dois só fazem figuração, é só mesmo para dizer que o Brasil tem representantes na F1. Para não ficar apenas em um nível de bobagens, os comentaristas da corrida diziam, “que bom, o Nico Rosberg vai se fortalecer para enfrentar o Hamilton em 2016 e ganhar o campeonato”.  Pelas manifestações, os locutores da Globo torcem para o alemão.
A corrida em si foi considerada sem graça, não sei porque, para mim acabou há 21 anos mas o povo brasileiro só viu isso hoje. Em termos administrativos foi uma  corrida, controlada dos boxes pela escuderia Mercedes que resolveu proteger o Nico Rosberg e tratou de atrapalhar o desempenho do Lewis Hamilton, colocando sempre este para o boxe após a saída do Rosberg, atitude que atrasou o Hamilton em alguns segundos e desfavoreceu a ultrapassagem. A estratégia da Mercedes foi manter os dois pilotos nas duas primeiras posições no campeonato e garantir o título absoluto para sua escuderia. Para o Hamilton isso foi péssimo, pois a sua homenagem ficou aquém do que ele gostaria de ter feito e o sonho de ganhar uma corrida no país do seu grande ídolo fica para a próxima temporada.

                                                                                 Nov. 2015

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