
O espetáculo “Floresta debaixo do mar” é um trabalho
feito com um olhar pós dramático, utilizando-se de performances variadas, como narrativas, cinema,
repetição textual e pausas dramáticas que
enriquecem a discussão de um tema tão profundo que é a escuridão do ser humano
na busca da resolução de seus problemas mais íntimos e que às vezes o leva desfechos
fatais como aconteceu com Patric Deware em 1982 na França.

Em geral o espetáculo é muito bom. A intenção de mostrar
para o público a história de um artista desconhecido para a população baiana foi
excelente, e a metodologia de trabalho da diretora Paula Alice lembra um pouco o
trabalho do diretor valenciano Juliano Britto em a Órfã do Rei, texto também de
um escritor estrangeiro e que circulou na Bahia por esse mesmo edital de circulação. Coincidências
boas devem ser lembradas.
A unica coisa que não gostei nesse espetáculo foi a parca
presença de público, acredito porém que isso se deve a divulgação precária. E que
fique a lição, não basta visitar escolas nem colocar um carro de som nas ruas,
é preciso publicisar mesmo. E os órgãos de divulgação estão aí em massa. No
mais, nos resta parabenizar ao elenco e direção de “Floresta debaixo do mar” e
esperar por outros projetos de qualidade. A cultura não pode parar!
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