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Mostrando postagens de 2014

A Viuvez da Cultura

           É Julho de 2014, término de um romance, fim de uma vida. Esse foi o trato de Ariano Suassuna com Deus. Sabia o autor que ao findar seu livro “O jumento sedutor”, a caetana (morte) viria ao seu encontro. Entre os dias 13 e 19, Suassuna concluiu a sua escrita e esta semana já partiu para o plano superior, quem sabe lá vai se encontrar com seu amigo, colega de profissão e companheiros na Academia Brasileira de Letras (ABL), João Ubaldo Ribeiro que fez a viajem justamente na semana passada. Suassuna lá em cima deverá organizar uma nova ABL ou conquistará uma cadeira na que Machado de Assis possivelmente já tenha criado afinal de contas foi ele quem criou a brasileira. Ariano Suassuna demonstra em suas escritas um catolicismo sarcástico e muito bem humorado. Quem não deu muita risada com seu romance e filme “O Santo e a Porca” e as mentiras de Chicó e a submissão da igreja ao dinheiro em “O auto da Compadecida”? Um Jesus negro, tudo de bom. Um diabo atormentado com os come

Reunião de Cultura com Albino Rubim

O Conselho de Cultura da Bahia abrigou reunião da SECULT, no dia 10 deste mês para falar sobre Fundo de Cultura, Comenda do Mérito Cultural da Bahia, Plano Estadual de Cultura, Lei do Plano Estadual Cultura da Bahia na Assembleia Legislativa e Eleições do Conselho Estadual de Cultura: Setores Culturais. Neste dia, estiveram presentes todos os representantes da SECULT e sociedade civil organizada ou não. No dia 11 a mesma reunião se destinou apenas aos colegiados de artes ê cultura da Bahia. O secretario de cultura Albino Rubim presidiu, a  reunião das setoriais e falou sobre o Plano de Cultura da Bahia, informou que este foi aprovado no ano de 2010 e a Lei Orgânica de Cultura da Bahia em 2011. Rubim relembrou os pontos discutidos nas Conferências de Cultura Regionais, Municipais e Estadual da Bahia, e disse que tais pontos geraram o plano que ora se encontra em tramitação na Assembleia Legislativo. Disse ainda que esse formato de plano é genérico, posto que resulta de modelos do P

AYRTON SENNA: 20 ANOS DE AUSÊNCIA DOS DOMINGOS AZUIS

Primeiro de maio. Alguém se lembra de onde estava e o que fazia no dia 1º de maio de 1994? E o que significa esse dia para os brasileiros, bem para nós brasileiros apenas o dia internacional do trabalhador, mas quem morreu mesmo foram os seis americanos e mais 50 ficaram feridos em Boston, por estarem participando de uma manifestação em busca de direitos trabalhistas. Mas não é sobre isso que estamos falando, você lembra o que fazia na manhã de 1º de maio de 1994? Eu me lembro como se fosse hoje, 20 anos depois. Estava na frente da tv, vendo mais uma corrida pelo campeonato mundial de fórmula 1. Na tarde anterior já havia falecido Roland Ratzenberger, piloto austríaco de apenas 33 anos de idade e o clima no circuito era uma tristeza só. Chovia muito em Ímola e eu, em frente à minha tv rezava enquanto o saft car   controlava a corrida, mas tinha uma esperança, “o Ayrton é peixinho na água, vai dar tudo certo”. Após muita preocupação o saft car liberou a pista e eu, mais uma

JOSÉ WILKER VAI AO CÉU

FELOMENAL, o céu acaba de se abrir para receber mais um astro brasileiro, que por sentença divina partiu para o andar de cima.   José Wilker nos deixou, sem sofrimento aparente e sem padecimento de véspera, assim como sempre demonstrou ser na sua vida terrena, morreu dormindo. Partiu com brevidade chamando para si as atenções que sempre   teve ao atuar na televisão e no cinema brasileiro de forma FENOMENAL. Lembro-me do ator José Wilker na novela Gabriela, vivendo o Mundinho Falcão quando ainda era eu, adolescente, fui acompanhando sua história na medida em que fui ficando adulta. Vi filmes como Bye bye Brasil, Dona Flor e seus dois maridos e O homem da capa preta . Vi novelas como “Gabriela”, “Suave Veneno”, “Roque Santeiro”, “Transas e caretas” e “Senhora do destino” a qual me apresentou Giovane Improta que de tanto que cresceu não coube mais na telinha  e foi se parar no cinema como todo bom personagem de tv. Retornando a nova montagem de Gabriela Wilker nos apresentou ma