O NATAL DO SOCIAL

Os
contos fadas lembram: a vaidade e a
inveja que se contrapõem ao lado bom do ser, aquele espelho que ganha voz e tem
que mentir para proteger a linda e
maltratada princesa rica e tão pobre de carinho e de aconchego. Oh pobre Branca
de Neve, ainda bem que foi acolhida pelos também descartados anões escondidos
na floresta por serem diferentes do modelo social humano pregado pela elite que
busca a perfeição.

A estória
da Chapeuzinho em sua origem tem a intenção de educar a criança para não sair
de casa sozinha porque pode ser sequestrada por alguém do mau, então sobrou
para o lobo, e o que se faz com o mau? Extirpa. Mas nós não precisamos extirpar o lobo, ele não é mau. Então entrou em cena a Chapeuzinho verde, ela representa
a preservação da natureza e o nosso lobo brasileiro, o guará está sendo
extinto, a Chapeuzinho verde se torna a protetora da fauna e do lobo. Linda ideia,
professoras sábias, mensagem perfeita.
Os
Três Porquinhos sociologicamente falando demonstram as diferentes
personalidades entre os irmãos, onde um é dedicado e dois estão entregues à
preguiça e ao desleixo, vindo a ser prejudicado na hora de uma decisão. E o Social
através de Ana e Fabiana não queriam mostrar isso, mas sim que a solidariedade e
ajuda mútua pode melhorar o comportamento do desinteressado. Tudo é questão de
dedicação e incentivo e de olhar para o companheiro ao lado se importando com
sua condição intelectual e social de maneira positiva.
O Capitão
Gancho e Peter Pan, essa disputa precisava ser resolvida, ninguém precisa ser
inimigo para sempre, as pessoas precisam das outras e as professoras acertaram
em cheio porque até no cinema o Capitão Gancho já se transformou em aliado do
Peter Pan. O filme estreou em outubro passado e tem direção de Joe Wright.
Como
diria o Chicó do Ariano Suassuna, “só sei que foi assim”, a apresentação dos pequeninos do Social foi
muito encantadora, organizada, bem montada, um sonho lindo de se ver. A
professora Fabiana e suas colegas Michele, Amália, Kaline e toda equipe do
infantil estão de parabéns por trazer para os adultos os contos de fadas de
maneira tão linda e com uma humanidade a flor da pele.
Outra
coordenadora que brilhou com sua equipe foi Leonor Porto que abraçou a ideia da
professora de música Manuela para mostrar ao público um natal brasileiro,
viajando de Norte a Sul, não o natal elitista que a gente conhece, mas o natal humano e dentro das culturas endêmicas
existentes no Brasil. Dá para imaginar um natal indígena? Um natal de quem
precisa trabalhar naquele momento sem direito a diversão? Pois é, existem
pessoas que em plena noite de natal estão trabalhando para proporcionar o bem
estar de outros, os pescadores, os médicos, os telefonistas. O mundo não para
porque é natal. Os alunos do ensino fundamental I dirigidos pelo
ator/professsor Juliano Britto que faz parte do quadro do Colégio Social deram
banho de realidade com suas interpretações naturais e cheias de informações de
como é de verdade nossa nação.

Dez. 2015
Comentários