O SETE DE SETEMBRO E O VIÉS CULTURAL



Sete de setembro é dia de festejar a Independência oficial do Brasil e isso é feito no país inteiro de forma protocolar e com aparatos militares, mas as formas culturais e os princípios educacionais estão presentes na marcha daqueles que participam desfilando pelas ruas o seu patriotismo.



Neste ano de 2019, a cultura foi a coluna vertebral dos festejos da Independência em Valença da Bahia. Mas não aquela cultura que só se conhece de livros ou história contadas pelos avós e pelos pais para entreter a criança.






A cultura relatada no desfile foi dos fazeres locais, das práticas culturais tombadas como patrimônio imaterial como foi o caso da Zambiapunga existente no Baixo; os fazeres culturais de nossa localidade foram vistos nas apresentações dos bumbas meu boi,  do samba de roda também tombado, do maculelê, da capoeira, do futebol, da banda de percussão e da Fanfarra que desfilou lindamente com seus adolescentes mostrando suas habilidades artísticas.



A cultura também pulsava na presença da AVELA (Academia Valenciana de Educadores Letras e  Artes ) da dança afro, da ginástica rítmica, da baiana da lavagem do Amparo e dos indígenas que representavam o ato do dois de julho baiano.






Mas não parou por aí, desfilou também pela avenida os ciclistas, a antiga banda Mac Five, a Filarmônica e os jovens demolês com seus trajes a rigor seguidos pelos anciões da maçonaria, da qual fez parte o libertador do Brasil, e claro, não poderia faltar o pescador e o surfista, afinal somos uma região de pescadores e marisqueiras ladeados por todas as outras práticas que muitas vezes surgiram das reuniões desses trabalhadores ou de bate papos de companheiros de labuta na zona rural, os quais transformaram seus instrumentos de trabalho em aparelho de diversão, como a enxada da Zambiapunga e o Arguidá dos fazedores de farinha do Jiquiriçá.



O sete de setembro tem de tudo, desde demonstração do trabalho das forças armadas até um forte e lindo  abraço coletivo para defender e proteger politicamente uma pessoa no seu fazer administrativo.







O sete de setembro para além de festejar uma independência, mostra a força cultural de um povo e seu modo de vida, preserva e transmite o sentimento de espírito aguerrido de D. Pedro I às margens do Ipiranga em 1822, porque é isso que a cultura faz, preserva a história, transmite sentimentos e continua viva geração após geração.


















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