A Viuvez da Cultura
É Julho de 2014, término de um romance, fim de uma vida. Esse foi o trato de Ariano Suassuna com Deus. Sabia o autor que ao findar seu livro “O jumento sedutor”, a caetana (morte) viria ao seu encontro. Entre os dias 13 e 19, Suassuna concluiu a sua escrita e esta semana já partiu para o plano superior, quem sabe lá vai se encontrar com seu amigo, colega de profissão e companheiros na Academia Brasileira de Letras (ABL), João Ubaldo Ribeiro que fez a viajem justamente na semana passada. Suassuna lá em cima deverá organizar uma nova ABL ou conquistará uma cadeira na que Machado de Assis possivelmente já tenha criado afinal de contas foi ele quem criou a brasileira. Ariano Suassuna demonstra em suas escritas um catolicismo sarcástico e muito bem humorado. Quem não deu muita risada com seu romance e filme “O Santo e a Porca” e as mentiras de Chicó e a submissão da igreja ao dinheiro em “O auto da Compadecida”? Um Jesus neg...